Quem vê Ana Paula Duarte Ferreira no palco ao lado do marido, o músico Carlos Colman, não faz ideia do que a torna tão plural. Ela é Fiscal Tributária Estadual há 19 anos, também é mãe, avó, pós-graduada em Direito Tributário, mestre em Direito, professora de pós-graduação e musicista. Atividades tão diferentes uma da outra, tornam-na uma pessoa e profissional singular.
Atualmente, juíza do Tribunal Administrativo Tributário (TAT) tem a função de representar a categoria. Natural de Minas Gerais, é filha de Auditor Fiscal da Secretaria Estadual de Fazenda. Ela já foi professora universitária de Direito Tributário e atualmente dá aulas no curso de pós-graduação.
Ela e tantas outras mulheres representam as fiscais tributárias estaduais. No próximo dia 30, será o dia dos Fiscais Tributários Estaduais. Ela é um dos exemplos destacados pelo Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais de MS – Sindifiscal/MS – do que o FTE é em suas atividades profissionais.
Na Secretária de Fazenda de Mato Grosso do Sul trabalhou na Unidade de Regimes Especiais, fez parte da assessoria da Superintendência de Administração Tributária (SAT) e também foi assessora de gabinete. Desde 2019 foi convidada a ser julgadora do Tribunal Administrativo Tributário (TAT) que para ela é algo de grande representatividade “carrego a responsabilidade de representar nossa categoria dentro do TAT, e por isso tento dar o meu melhor”, relata.
A música sempre esteve presente em sua vida. “Meus avós cantavam. Minha mãe e minha tia são pianistas, meu pai tinha uma voz belíssima. Nasci no meio disso e sempre gostei demais”. Autodidata, Ana Paula aprendeu a tocar violão apenas observando. No dia 11 de setembro, fez sua primeira apresentação pública ao piano e, se precisar usar a voz como instrumento, também encanta. A música é mais que uma paixão. Ela se divide em inúmeras atividades e tem na música mais uma de suas carreiras profissionais. Se apresentou no palco principal do Festival América do Sul em 2016 e no último dia 11 se apresentou pela segunda vez no Som da Concha.
Junto do marido Carlos Colman, que é cantor e compositor, a fiscal tributária encontrou o que chamou de “parceria de palco e de vida”. Ana Paula afirmou que o relacionamento fortaleceu ainda mais sua conexão com a música. Em 2018, seu marido lançou o álbum autoral “Parceria” onde ela atuou na produção artística e executiva, além de participar nos vocais. Durante a pandemia, juntos, lançaram o single ”A ponte” e atualmente trabalham na produção e gravação de um EP.
Mesmo com todas essas atribuições, não falta tempo para ser mãe e avó. Seus dois netos, Naruê, de 5 anos, e Caê, de 4 anos, estão sempre presentes.
Quem reclama do excesso de funções, se assombra com a quantidade de atividades que Ana Paula Ferreira acumula. Com atribuições diferentes uma das outras, é difícil compreender como administrar o tempo. Quando questionada sobre a quantidade de trabalho que acumula, Ana Paula não se queixa. Mesmo com diversas funções, se diz muito feliz em tudo que realiza, e se desafia para “dar conta de tudo”, mas afirma “a vida é curta demais e acredito que a gente não está aqui a passeio”. Para o futuro, ela traça um desafio: o lançamento de um livro.