Durante a abertura do 11º Fórum Parlamentar do BRICS, nesta terça-feira (3), o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), liderou reunião com representantes dos países membros e parceiros do bloco, em Brasília. O encontro teve como foco a defesa do multilateralismo e a articulação interparlamentar para enfrentar crises globais e ampliar o comércio entre as nações.
“O agravamento de antagonismos não nos conduzirá à paz e à prosperidade que defendemos e aspiramos”, afirmou o senador. Em seu discurso, o presidente da CRE propôs fortalecer o sistema multilateral de comércio, avançar no uso de moedas locais nas trocas comerciais e combater barreiras disfarçadas de exigências ambientais. “Devemos promover ambiente favorável de investimento, especialmente para os países em desenvolvimento.”
O senador também defendeu que os parlamentos assumam papel estratégico na construção de pontes políticas e econômicas. “Como parlamentares, estamos bem posicionados para aproximar nossos países, nossas cidades e estados, como o meu querido Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Sentaram-se à mesa com o presidente da CRE: o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR); a vice-presidente da CRE e ex-ministra, senadora Tereza Cristina (PP-MS); o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e o senador Humberto Costa (PT-PE).
Parlamentares estrangeiros ecoaram as mensagens de integração e cooperação. O chinês Wang Ke afirmou que o BRICS “virou a espinha dorsal da política do Sul Global”, enquanto o indonésio Mardani Ali Sera pediu ação imediata: “Temos que agir agora”. O emiradense Ali Al-Nuaimi defendeu a construção de “pontes” e alertou contra desvios de rota. Já o iraniano Ahmad Naderi propôs a criação de leis conjuntas para facilitar o comércio e derrubar barreiras.
O fórum segue até quinta-feira (5), com sessões sobre saúde, meio ambiente, inteligência artificial e economia. Ao final da reunião, o senador Nelsinho Trad afirmou que “a força do multilateralismo é nossa resposta concreta aos conflitos globais. O Mato Grosso do Sul pode e deve se beneficiar dessa nova abertura com o mundo”.
